Talvez quando você lembrar em querer-me, eu já tenha encontrado alguém que
me queira.
Talvez quando precisar de mim, eu já tenha perdido a vontade de te ajudar.
Quem sabe quando você lembrar que eu existo, eu já tenha desaparecido do seu
caminho.
Se por um acaso algum dia você queira me amar, talvez nesse dia eu já tenha
transformado esse amor em amizade.
Quando seus olhos sentirem falta de uma luz e você quiser me ver, talvez eu
já tenha ido a procura de outro que me queira o quanto eu te quis.
Talvez quando nossos caminhos brilharem por uma só estrela, eu já tenha
outro amor em meu coração, mas mesmo assim será bom reve-lo.
Quando cair na real que me teve ao seu lado e a seu alcance, então pediri a
Deus que mude nossos caminhos e me lance para os braços de outro.
Não seja tolo um dia em pensar que eu sofro por você, porque esse dia veio e
foi a muito tempo.
E se por obra do destino eu passar por você com outro, saiba que ele me
segurou na hora da queda.
E se um dia você sentir que está sofrendo por um amor não correspondido,
console-se, pois um dia eu sofri pelo seu.
E se um dia você sentir que está amando, sorria! Pois nesse dia deixarei de
pensar que você é frio e calculista.
E se depois de tudo isso que escrevi você continuar não entendendo que quero
dar uma chance a nós dois, encare-se nessas tres palavras:
VOCÊ ME PERDEU
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
Reajuste no preço da passagem: prefeito em xeque
Há muito tempo começou em Tucuruí um verdadeiro jogo de xadrez político onde situação e oposição mexem suas peças no tabuleiro. Alguns talvez estejam mexendo conscientemente como bons jogadores que percebem um possível futuro movimento adversário. Outros, me parece, nem percebem a partida em andamento e mexem aleatoriamente. Quem conhece minimamente as regras do jogo sabe que uma mexida errada pode colocar o próprio jogador em xeque mate.
O episódio do aumento no preço da passagem de ônibus é mais um momento desse jogo. E aí, quem mexeu certo e quem mexeu errado? É difícil dizer agora e qualquer análise não passa de mera opinião, pois a partida ainda está longe de acabar, mas vou correr o risco do erro e conjecturar um pouco em cima da situação.
Houve uma movimentação desastrada por parte do prefeito e, a partir dela, várias outras foram feitas para tentar concertá-la. Na missão cada vez mais difícil de proteger seu rei, perde a cada jogada um precioso (a essa altura) peão.
Do ponto de vista eleitoral (e também administrativo), o prefeito deveria ter encerrado essa questão no inicio do ano passado, quando a passagem aumentou para R$ 2,00, mas não o fez e prolongou seu sofrimento, que poderá chegar até as vésperas da eleição. Como conseqüências mais imediatas, a questão voltou no meio do ano passado, novamente no final do ano e no inicio deste.
Pra quem não lembra muito bem, vamos a uma breve retrospectiva. Ainda em 2010, o prefeito mandou à Câmara Municipal um Projeto de Lei (PL) autorizando dois aumentos no preço da passagem em 2011, que foi aprovado por unanimidade pelos vereadores. Pressionado pelos estudantes e pela sociedade, o prefeito mandou revogar a lei em julho, quando a tarifa teria seu segundo reajuste, o que foi novamente atendido unanimemente pelos vereadores. No final do ano, um novo PL é enviado à Câmara desenterrando o defunto que hora aterroriza o paço municipal.
Dessa vez já não houve unanimidade, pois o xadrez político estava bem adiantado e a oposição aproveitou para tomar uma posição. Dos dez vereadores, dois votaram contra, seis a favor e um esteve ausente (não se sabe se de forma proposital). Nesse momento a oposição também mostrou suas fragilidades, pois se dividiu. Mas isso é assunto para outro artigo.
Sancler poderia ter acertado na primeira mexida, afinal aumento de tarifa não é novidade, mas não acertou quando propôs dois reajustes num só ano. Talvez estivesse pressionado pela Empresa de transporte, o que apressou seu movimento torto. A segunda mexida foi genial: mandou revogar o aumento. Parecia estar concertando uma injustiça com os usuários de transporte coletivo que têm apenas um aumento anual de salário. O povo assim entendeu sem saber que a verdadeira intenção era apenas dar um tempo para que a água se acalmasse e o lodo assentasse ao fundo. Nova mexida errada (terceira) e água mais turva que antes.
Numa quarta e desesperada mexida, visto que percebeu que o tempo corre rumo a outubro de 2012, o prefeito resolve reunir as lideranças estudantis e populares, prometendo nova revogação do aumento. Assinou documento e tudo, mas não cumpriu.
Esta última foi uma mexida correta, do ponto de vista eleitoral. Sancler usou os dedos, mas conseguiu fazer as contas. O que havia prometido aos estudantes e lideranças populares foi a suspensão do reajuste por três meses, quando ficaria pronto um estudo detalhado que apontaria se haveria necessidade de reajuste e de quanto seria. Se cumprisse sua palavra certamente prolongaria sua tortura até abril, ou seja, até dois meses do registro de sua candidatura e seis das eleições.
Assunto encerrado? Claro que não. Os estudantes já estão se movimentando para uma grande passeata no dia 10 de janeiro, as redes sociais viraram um palco privilegiado para os discursos da oposição, que não precisa fazer muito esforço para desgastar sua imagem e ampliar o grande sentimento de rejeição que já se percebe entre a população.
Parece que a indecisão nesse caso foi o erro mais grave cometido pelo prefeito. Não teve pulso firme para dizer não, seja ao povo ou à Viação Tucuruí. Caso a quebra do acordo com os estudantes tenha sido mesmo sua última palavra (já em descrédito), a decisão tardia só fez amenizar a dor que sentirá até outubro.
O rei parece estar cercado e em xeque. Provavelmente ainda não foi um mate, mas tudo indica que isso pode acontecer. Vamos olhar atentamente pra esse tabuleiro e apreciar o desenvolvimento do jogo.
O episódio do aumento no preço da passagem de ônibus é mais um momento desse jogo. E aí, quem mexeu certo e quem mexeu errado? É difícil dizer agora e qualquer análise não passa de mera opinião, pois a partida ainda está longe de acabar, mas vou correr o risco do erro e conjecturar um pouco em cima da situação.
Houve uma movimentação desastrada por parte do prefeito e, a partir dela, várias outras foram feitas para tentar concertá-la. Na missão cada vez mais difícil de proteger seu rei, perde a cada jogada um precioso (a essa altura) peão.
Do ponto de vista eleitoral (e também administrativo), o prefeito deveria ter encerrado essa questão no inicio do ano passado, quando a passagem aumentou para R$ 2,00, mas não o fez e prolongou seu sofrimento, que poderá chegar até as vésperas da eleição. Como conseqüências mais imediatas, a questão voltou no meio do ano passado, novamente no final do ano e no inicio deste.
Pra quem não lembra muito bem, vamos a uma breve retrospectiva. Ainda em 2010, o prefeito mandou à Câmara Municipal um Projeto de Lei (PL) autorizando dois aumentos no preço da passagem em 2011, que foi aprovado por unanimidade pelos vereadores. Pressionado pelos estudantes e pela sociedade, o prefeito mandou revogar a lei em julho, quando a tarifa teria seu segundo reajuste, o que foi novamente atendido unanimemente pelos vereadores. No final do ano, um novo PL é enviado à Câmara desenterrando o defunto que hora aterroriza o paço municipal.
Dessa vez já não houve unanimidade, pois o xadrez político estava bem adiantado e a oposição aproveitou para tomar uma posição. Dos dez vereadores, dois votaram contra, seis a favor e um esteve ausente (não se sabe se de forma proposital). Nesse momento a oposição também mostrou suas fragilidades, pois se dividiu. Mas isso é assunto para outro artigo.
Sancler poderia ter acertado na primeira mexida, afinal aumento de tarifa não é novidade, mas não acertou quando propôs dois reajustes num só ano. Talvez estivesse pressionado pela Empresa de transporte, o que apressou seu movimento torto. A segunda mexida foi genial: mandou revogar o aumento. Parecia estar concertando uma injustiça com os usuários de transporte coletivo que têm apenas um aumento anual de salário. O povo assim entendeu sem saber que a verdadeira intenção era apenas dar um tempo para que a água se acalmasse e o lodo assentasse ao fundo. Nova mexida errada (terceira) e água mais turva que antes.
Numa quarta e desesperada mexida, visto que percebeu que o tempo corre rumo a outubro de 2012, o prefeito resolve reunir as lideranças estudantis e populares, prometendo nova revogação do aumento. Assinou documento e tudo, mas não cumpriu.
Esta última foi uma mexida correta, do ponto de vista eleitoral. Sancler usou os dedos, mas conseguiu fazer as contas. O que havia prometido aos estudantes e lideranças populares foi a suspensão do reajuste por três meses, quando ficaria pronto um estudo detalhado que apontaria se haveria necessidade de reajuste e de quanto seria. Se cumprisse sua palavra certamente prolongaria sua tortura até abril, ou seja, até dois meses do registro de sua candidatura e seis das eleições.
Assunto encerrado? Claro que não. Os estudantes já estão se movimentando para uma grande passeata no dia 10 de janeiro, as redes sociais viraram um palco privilegiado para os discursos da oposição, que não precisa fazer muito esforço para desgastar sua imagem e ampliar o grande sentimento de rejeição que já se percebe entre a população.
Parece que a indecisão nesse caso foi o erro mais grave cometido pelo prefeito. Não teve pulso firme para dizer não, seja ao povo ou à Viação Tucuruí. Caso a quebra do acordo com os estudantes tenha sido mesmo sua última palavra (já em descrédito), a decisão tardia só fez amenizar a dor que sentirá até outubro.
O rei parece estar cercado e em xeque. Provavelmente ainda não foi um mate, mas tudo indica que isso pode acontecer. Vamos olhar atentamente pra esse tabuleiro e apreciar o desenvolvimento do jogo.
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