terça-feira, 19 de julho de 2011






DAS DUAS UMA.

Sabe a história da Amélia fazendo tricô e sendo esposas prendadas?
Deixavam a ““ parte pesada”, as “ grandes responsabilidades ” ( pensamento deles, verdade contrária ) para os digníssimos maridinhos e tinham CASA e FILHOS, muitos filhos, para cuidar. Saias longas demais.

Não tenho absolutamente nada contra uma ou outra, apenas prefiro dizer que pretendo ser a COMPANHEIRA.
Quero casar, ter filhos, casa, cachorro, papagaios e periquitos. A tranquilidade dos bordados, os livros de receitas que serão heranças para as futuras gerações e a cadeira de balanço com alguém fazendo cafuné.
Mas também posso querer festas, amigos em casa fazendo farra e sujando tudo, noites, madrugadas e manhãs mal dormidas. Acordar e correr contra o tempo, pensar na roupa bonita e confortável, nos sapatos bonitos e que tenham saltinho (no mínimo), afinal, sapatilhas acabam comigo. Preparar o lanche do filhote, ajudar o companheiro com a roupa, sapatos e tudo mais que precisar , para então, sair de casa deixando tudo em ordem e finalmente ir ao trabalho. Agora sim, ficar com os pés acabados, retocar a maquiagem, arrumar a juba descabelada, almoçar em pé, ou sentada, mas com pressa e exausta.
E o fim disso tudo?
Voltar para casa, receber um abraço do filho, brincar, ajudar na tarefa de casa, no banho, no jantar e levar para um soninho gostoso.
Receber e dar carinho ao maridão, conversar, contar um pouco do que foi o dia e tudo mais. Entrar no banheiro e fazer dele o paraíso. Colocar uma camisola limpa, macia e super sensual, claro. O resto melhor nem entrar em detalhes.

É coisa demais? Vocês acham que parece conto de fadas?
Não, não é. Tem as brigas, gritos, copos quebrados, dias terríveis de TPM, lágrimas e as cenas de filme de terror.

É, é isso mesmo que quero. Mesmo que não tenha isso todos os dias, nem todas as semanas ou meses, é justamente isso que quero.


- Ser a Amélia Moderna.


Impossível? Não custa tentar!


By - Íris Bahia

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