Depois de receber uma advertência escrevi isso:

Contraponto a advertência
Venho através deste, me contrapor advertência do dia 10/08/2010, narrada pelo funcionário fulano de tal, e solicitar a anulação ou a correção imediata da mesma.
1. Quando entrei pelo portão, eu não estava usando boné.
2. Não ouvi o funcionário chamar-me.
3. Em momento algum proferi palavras grosseiras ao funcionário.

Todas as narrativas acima citadas, são de fato verdade, e se os senhores (as) solicitarem, me comprometo a mostrar-lhe provas de tais afirmações, como por exemplo depoimento de alunos que presenciaram o fato.
Confirmo que cheguei a usar o boné nas dependências do instituto, mas fui lembrado por um colega que isto infligia o manual do aluno, e em seguida o retirei o mesmo da cabeça.
Honestamente, imaginei que havia finalmente me livrado das garras do preconceito, logo que ingressei nesta instituição, afinal esta que tanta influência exerce sob a comunidade, estaria fazendo o seu papel de respeito as culturas seja urbanas de raças ou rurais, me enganei, pois quando me peguei a ler o manual do aluno, me deparei com regras no mínimo absurdas e de punho preconceituoso.
Usar um boné, depende de sua cultura e personalidade, e ao meu ver a escola não tem o direito de interferir na cultura alheia , muito menos abafar a personalidade de ninguém. O judeu tem o direito de usar o seu gorrinho, o índio o seu cocar assim como o jovem de cultura urbana também tem afinal são culturas diferentes entre si, mas iguais perante a constituição brasileira.
O Brasil e o mundo só mudarão, quando aprendermos a conviver com as diferenças, e isso se inicia na escola, e não pensem que a missão do corpo docente desta instituição e diferente, aprendam a formar cidadãos críticos, respeitadores das diferenças, comecem dando este grande passo, liberem o uso do boné, e gritem para quem quiser ouvir que nesta instituição há regras, mas que estas não interferem na liberdade de expressão de nenhum cidadão.



Certo de sua compreensão desde já agradeço a atenção.